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Ninguém sabe
Dos caminhos que percorro
Para chegar até mim...
Quantos atalhos tomados
Tantos buracos abertos
Quantos retalhos recuperados
Tantos pedaços incertos!
Ninguém crê
Que os meus pés sangram
Nas pedras que recolho
E armazeno
Dentro do meu bandolim...
Quantas direções distantes
Tantos instantes malgrados
Quantos suspiros certeiros
Tantos horizontes forasteiros!
Ninguém crê
Nos obstáculos que removo
Para não parar
E caminhar até o fim...
Quantos sorrisos abertos
Tantos atalhos descobertos
Reacesos, religados, redirecionados
Acesso para dentro de mim!
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