Tantos telhados te abrigaram
E outros tantos cobertores te aqueceram
Enquanto você visitava o desconhecido
Para trazer em seu coração já remido
A anomalia
Que outrora esbaldava corpos sadios
Na tentativa insana
De uma cura profana
Para os anseios tantos
Correr já não te basta
Morrer já não é importante...
E outras horas
De uma regra tão gasta
Não mais te aflige o sorriso
Em seus fortes delicados passos
Que trazem o corte preciso
Na vastidão do jardim
Que exala perfumes incoerentes
E espinhos servindo de laços
Para as rosas mais eloqüentes
E tudo bem pra mim
Se assim
Você consegue ser feliz
Fingindo (para si mesma) como atriz.
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