Os lábios parados no cristal da taça cheia de vinho branco remetiam o pensamento de Gisa à dias tão distantes e agora tão alheios que as lágrimas não encontraram nenhuma dificuldade em rolar por todo o seu delicado rosto de traços firmes e serenos. Mas a emoção presente era felicidade. Seu coração permanecia em festa, mesmo depois de tantos anos... Talvez séculos! Um dia, o amor a visitara e isso bastava para Gisa. Suas esperas e suas demoras ficaram silenciosas novamente diante de tamanho sentimento que ainda nesse instante pulsa vida exalando brilho e bombeando o rubro e orvalhado sangue que percorre cada um de seus poros. E aquele vinho adocicou de maneira especial porque amar é especial.
Gisa sorriu.
E seu sorriso eclodiu labaredas de vida ao seu redor.
Ninguém naquela festa entendeu, mas seu batom vermelho na borda da taça suntuosa permitiu a Gisa seu momento de oração.
Era assim que ela conversava com Deus: amando!
Gisa sorriu.
E seu sorriso eclodiu labaredas de vida ao seu redor.
Ninguém naquela festa entendeu, mas seu batom vermelho na borda da taça suntuosa permitiu a Gisa seu momento de oração.
Era assim que ela conversava com Deus: amando!
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