domingo, 24 de outubro de 2010

Soneto de Um Poemeto Nunca Escrito

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A pele que já não era mais papiro
Já não se escrevia mais poemas lá
Nem sonetos, manifestos; nenhum suspiro
Não instigava vindouros versos às valsas.


E a vida passava em passadas largas! E ainda passa!
E os sonhos definhando como raízes expostas
De uma cor ruim saindo de mim, amostras
Daquilo que eu sempre quis e nunca escondi...


Mas, ainda baguncei em nosso silêncio distante
Todos os afagos desejados, impropérios de amante
Toda aquela incerteza já pálida, desbotada... Agonizante!


E continua o amor a garimpar sobrevivência
Em todas as mais imperceptíveis existências
Que permeiam a poesia que nunca me exaure a carência!




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