segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Espelho Onde Busco-me!

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"Conheça-te a ti mesmo."

Oráculo de Delfos, Grécia.


Estou atravessando um momento em que vivencio um processo de auto-conhecimento. É extremamente interessante poder encontrar-se consigo mesmo. Delicado encontro, pois, antes de qualquer coisa é preciso saber o mínimo sobre si próprio. Parece tão óbvio pensar que a melhor pessoa no mundo para nos descrevermos somos nós mesmos... Ledo equívoco! Somos as pessoas mais desconhecidas de nós mesmos. Estou descobrindo isso! Aliás, venho descobrindo muitas coisas acerca da humanidade. Humanidade não entendida aqui como o montante geral de seres humanos viventes - através da carne - sobre a esfera terrestre. Não! Não quero utilizar este conceito, pois devo negá-lo, já que é falho para mim. O meu argumento se esclarece por si só através de um segundo conceito para humanidade: a característica que nos torna seres humanos. Este sim entendo como valoroso e conveniente a este escrito... O modo como esta humanidade se processa não importa neste momento. Não vou ficar preso a estigmas filosóficos sob o ponto de vista metodológico porque isso mataria a minha disposição em escrever, para escrever. Os danos seriam comprometedores!Quero retomar a idéia do que é, ou pode ser, desconhecido a nós: nós mesmos! Isso pode ser confundido com conversa insanamente sem fundamento. Só o fato de eu estar aqui escrevendo sobre isso já pode ser considerado fundamento. Afinal, fico me perguntando porque alguém escreveria coisas desta natureza. Não vou me atrever a uma tentativa de resposta ou qualquer outra forma de elucidação. Acredito, todavia, que as respostas chegam de formas diferentes. Certa vez ouvi a fábula das três fotografias. Não tenho recordação alguma da autoria desta história, por isso deixo claro que não é criação minha e, se trago-a à baila, é justamente para florear ainda mais meu discurso. Vamos às três fotografias: É simples. Primeiro, permita-se imaginar por alguns instantes como é a sua pessoa para quem convive contigo. Segundo, pense como você parece a você mesmo. E, por fim, tente elucidar como você, de fato, é. Agora, fotografe essas três situações e, ao revelar as fotografias, verá que surpreendentemente são três pessoas completamente distintas umas das outras. Quem convive conosco nos vê de uma forma. Nós nos vemos de outra maneira e somos inteiramente diferentes de tudo isso. Conhecer-se, então, é processo fundamental no crescimento humano. Ainda que possa ser doloroso, mesmo assim, é necessário. Acredito que o diálogo é ferramenta de grande eficiência no processo de busca. Dialogar com todas as formas de pensamento, de comunicação, de sentimentos e crenças nos transporta para um entendimento bem mais apurado e degustativo - tanto de nós mesmos quanto do outro. Conhecimento é o mecanismo que nos torna seres humanos mais próximos de seres humanos.




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