Um jardim, geralmente, é lembrado por abrigar encantadoras flores repletas de cores, formas, tamanho e perfumes diferentes umas das outras. Algumas são frágeis, necessitam de cuidados específicos e constantes. Outras se desenvolvem sozinhas e resistem ás mais inesperadas adversidades. Umas sobrepõem-se às outras. E todas, contudo, dividem um mesmo espaço, um lugar-comum: o jardim. Por certo, parece uma troca justa – o jardim abriga, acolhe e dispõe de todas as condições de desenvolvimento para as flores e estas, por sua vez, tornam a existência do jardim mais colorido, belo e feliz. Não é, entretanto, uma relação de dependência. Nem tampouco de conveniência. É uma relação de cumplicidade. Um constante diálogo entre as flores e o jardim. Pensei nesta analogia para falar sobre as relações humanas. Principalmente as relações amorosas onde somos, por vezes, flores e jardim.
Nem todos os dias e momentos são de sol, de brisa ou de harmonia. O inverno deita ao chão as pétalas mais delicadas. Os espinhos acabam ferindo os perfumes mais bem pintados. Daí, o cinza visita morosamente o jardim sem pedir licença. Sorrateiramente aloja-se por entre as flores, que sofrem. Parece não haver cores suficientemente reais para sobreviver. O outono sacode os pensamentos. E as nuvens encobrem os raios luminosos do diálogo. Acaba o entendimento entre o jardim e suas flores. Nada mais parece resistir e permanecer. E, todo este cenário de desordem interior, desenham o melhor cenário para o trabalho do mato, do capim. E existem, ainda, as ervas daninha. Nada mais parece voltar ao que era antes. Por que tudo indica que, mesmo aniquilando todas as ervas venenosas que inoculam suas substâncias ofensivas nas flores mais resistentes, enfraquecendo-as, o jardim já não será o mesmo depois de todo este desgaste. Nem, tampouco, as flores.
E, mesmo no diferente, mesmo nos escombros do que havia anteriormente, é possível reconstruir sempre. Um pode absolutamente viver e sobreviver sem o outro, mas, não haveria a menor graça, o mais ínfimo resquício de cor ou brilho. Houve, todavia, a escolha, a vontade, o dispor-se ao outro, a entrega – tanto do jardim quanto das flores. E é justamente esta a razão para que um zele pelo outro, mutuamente.
Nem todos os dias e momentos são de sol, de brisa ou de harmonia. O inverno deita ao chão as pétalas mais delicadas. Os espinhos acabam ferindo os perfumes mais bem pintados. Daí, o cinza visita morosamente o jardim sem pedir licença. Sorrateiramente aloja-se por entre as flores, que sofrem. Parece não haver cores suficientemente reais para sobreviver. O outono sacode os pensamentos. E as nuvens encobrem os raios luminosos do diálogo. Acaba o entendimento entre o jardim e suas flores. Nada mais parece resistir e permanecer. E, todo este cenário de desordem interior, desenham o melhor cenário para o trabalho do mato, do capim. E existem, ainda, as ervas daninha. Nada mais parece voltar ao que era antes. Por que tudo indica que, mesmo aniquilando todas as ervas venenosas que inoculam suas substâncias ofensivas nas flores mais resistentes, enfraquecendo-as, o jardim já não será o mesmo depois de todo este desgaste. Nem, tampouco, as flores.
E, mesmo no diferente, mesmo nos escombros do que havia anteriormente, é possível reconstruir sempre. Um pode absolutamente viver e sobreviver sem o outro, mas, não haveria a menor graça, o mais ínfimo resquício de cor ou brilho. Houve, todavia, a escolha, a vontade, o dispor-se ao outro, a entrega – tanto do jardim quanto das flores. E é justamente esta a razão para que um zele pelo outro, mutuamente.
Luz e Paz!!!
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