quinta-feira, 28 de maio de 2009

Manifesto dos Malditos!

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Sou da laia dos poetas

Ando com o povo de sandália

Com os desempregados

Os profetas esquizofrênicos, maníacos

Com os andarilhos, pedintes

Ando com os andantes

Caminhos construídos juntos

Com os boêmios, as putas

Sem casa

Os putos, sem raça

Os hippies, os guerreiros da luta

Branca, sem armas opressoras

O discurso não acabado

Constantemente mutante

Somos os doidos, os rejeitados

Os ditos malditos, os vagabundos

Escandalizados

Que sonham, sempre sonham

Os pervertidos, os amaldiçoados

Que não matam, nem ferem

Tampouco excluem

Alguém

Só porque é diferente

E, no entanto, marginalizados

Negros, judeus, gays, maconheiros

Carecas, desdentados, cadeirantes

Marinheiros, miseráveis

Somos todos navegantes

Da mesma embarcação...

O meu nojo, o meu protesto

O meu asco, repúdio manifesto

Contra todos os normais

Contra toda a auto-suficiência

Dos expoentes da arrogância

De quem quer ser superior

Quem atravessa a rua

Pelo simples dissabor

Do medo tão dominante

Parco pavor

De alguém, pasme!, que é o seu semelhante.




Atenção: Cenas fortes e contundentes. Cuidado!


Olá Amigos da Sofia!

Hoje deixo aqui a minha manifestação de repúdio ao que um ser humano é capaz de fazer com outro... Simplesmente não entendo e não aceito nada que se aproxime de qualquer coisa que lembre a violência. Dia 18 de Maio foi o dia nacional da luta antimanicomial no Brasil. Todos os dias é preciso gritar um basta ao horro
r que fazem em nome sabe-se lá de que ou de quem... Se todas estas pessoas são loucas, sou também! Que hospício maior não é este em que vivemos chamado Mundo? Hoje a minha poesia vem para chocar. Para doer! Para mover! Para dizer NÃO!



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