Sou da laia dos poetas
Ando com o povo de sandália
Com os desempregados
Os profetas esquizofrênicos, maníacos
Com os andarilhos, pedintes
Ando com os andantes
Caminhos construídos juntos
Com os boêmios, as putas
Sem casa
Os putos, sem raça
Os hippies, os guerreiros da luta
Branca, sem armas opressoras
O discurso não acabado
Constantemente mutante
Somos os doidos, os rejeitados
Os ditos malditos, os vagabundos
Escandalizados
Que sonham, sempre sonham
Os pervertidos, os amaldiçoados
Que não matam, nem ferem
Tampouco excluem
Alguém
Só porque é diferente
E, no entanto, marginalizados
Negros, judeus, gays, maconheiros
Carecas, desdentados, cadeirantes
Marinheiros, miseráveis
Somos todos navegantes
Da mesma embarcação...
O meu nojo, o meu protesto
O meu asco, repúdio manifesto
Contra todos os normais
Contra toda a auto-suficiência
Dos expoentes da arrogância
De quem quer ser superior
Quem atravessa a rua
Pelo simples dissabor
Do medo tão dominante
Parco pavor
De alguém, pasme!, que é o seu semelhante.
Atenção: Cenas fortes e contundentes. Cuidado!
Olá Amigos da Sofia!
Hoje deixo aqui a minha manifestação de repúdio ao que um ser humano é capaz de fazer com outro... Simplesmente não entendo e não aceito nada que se aproxime de qualquer coisa que lembre a violência. Dia 18 de Maio foi o dia nacional da luta antimanicomial no Brasil. Todos os dias é preciso gritar um basta ao horror que fazem em nome sabe-se lá de que ou de quem... Se todas estas pessoas são loucas, sou também! Que hospício maior não é este em que vivemos chamado Mundo? Hoje a minha poesia vem para chocar. Para doer! Para mover! Para dizer NÃO!
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