sábado, 10 de janeiro de 2015

Clarice




Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.
Clarice Lispector


Quero um livro.
Novo para ler.

Quero um destino.
Outro para ter.

Quero um amor.
Tanto para viver.

Quero um lugar.
Além para conhecer.


O cigarro acabou.
Fumei tudo.

A palavra deteriorou.
Lápis mudo.

O vinho evaporou.
Cálice morto.

A esperança morreu.
Horizonte escuro.


Mas Clarice nada disso.
Ainda aqui viva. Pulsante.





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