domingo, 29 de junho de 2014

Velhos Tempos!







Velhos longos tempos em que vivíamos esperançosos

De que havia algo muito especial prestes a acontecer;

Os sonhos todos tão vívidos, robustos, viçosos

Eram o que a vida não estava disposta a oferecer.



E cada pedaço que deixamos cair pelas sinuosas curvas

Acabou nos arrancando cores e sorrisos guardados

E desvelou flores sem pétalas que sangram cruas

Os dias que o tempo asfixiou em sorrisos desbotados.



Cada pedra pelo caminho que provocou um tropeço

Também ocasionou um fortalecimento, um avanço.

Os passos cresceram no instante em que o recomeço

Selou todas as piores feridas abertas desde o início.



E hoje somos frutos de tudo o que nos trouxe até aqui

Os sorrisos abertos por todas as anteriores lágrimas

A história que nunca escrevemos foi roteiro, croqui

Para transformar em luz os sentimentos fantasmas.