sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Vela Acesa Dentro D'água

 



Quando o sol foge dos meus olhos
E um dia ruim chega de surpresa
Percebo o quanto sou frágil, só
E o quanto são falhas
Todas as minhas certezas.
Acaba sendo muito difícil respirar
Quando algo aperta a garganta
E a utópica força para suportar
Esvai-se antes mesmo de gerar
Qualquer ilusão de conforto
Ou descanso
Em meu velho coração jovem
Que almeja conquistar o remanso
Mas sangra com os espinhos
Escondidos pela doce paisagem.
Percebo sombras e vultos me seguindo
E, estranhamente, não os temo
Porque de alguma maneira
Também estão correndo
Das dores causadas pela culpa
Pelo triste
Confuso e mesquinho desamor
Que petrifica a alma e a macula
Com involução, traição e rançoso rancor.

A mortífera e lancinante mágoa
Faz do espírito vela acesa dentro d'água!



 



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