Um tímido estímulo
Desvalido artefato
De um coração decalcado
Que em queda livre
Livra o firmamento
Das preces desorientadas
De um poeta em disparada
Procurando o que não perdeu
Mas nunca encontrou.
Desencontro, desarranjo
Arcanjo arrancando as penas
E o sufoco arfando sem pernas
Para alcançar o horizonte
Que a ponte quebrada não mostra
Mas aquele poeta limítrofe gosta
Por pura amostra de inspiração
O estranho e sorrateiro estampido
Ressoa de um tímido estímulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário