O
meu coração tem milhões de becos
E cada
rua, cada esquina, cada arvoredo
Remete
ao rebento sonho antigo
Que pulsa
o pulso latente e cortante;
A vontade
imensa e incessante
Que o
meu coração tem de existir.
O andarilho,
o despojo, o mendigo
Que carrega
suas ausentes lembranças
Amarrotadas
dentro de um saco de lixo
Pintado
com cores de perdidos sorrisos.
Cada
voz que ouço me chamando
Cada
ilusória realidade que invento
Cada
vulto que me apavora
Cada
grito que quebra o meu silêncio
Cada
insulto que me desaprova
Finjo
esquecer em cada esquina que dobro;
Fujo
daquilo que sou eu mesmo em dobro!
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