sábado, 27 de agosto de 2011

Poesia, Minha Dose Diária de Vida

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"Me cansei de lero-lero
Dá licença, mas eu vou sair do sério..."


Um dia decidi que era um alienígena

Olhei ao meu redor

E vi um mundo que poderia ser melhor

Mas, que definha

Entre receitas, conceitos, pretextos

Fórmulas mágicas de solução, entremeios

E tudo vira o que sempre foi...

Foi aí que conheci as estrelas, a lua cheia

Os jardins, os sonhos, o mar, a maresia!

Então

Tomei outra decisão:

Tentaria amenizar a dor

Para isso eu escreveria!

Daí nasceu dentro de mim a poesia...


Minha mais doce e ferina loucura

Minha mais insistente desmesura

Minha mais permanente e colorida aventura!


***

Já disse Carlos Drummond de Andrade:

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:

- Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.






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