segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Homo Homini Lupus*




Olá Amigos Queridos da Sofia!

Como todos que acompanham o blog ou que me conhecem pessoalmente sabem, eu amo e defendo incondicionalmente a natureza e, consequentemente, os animais. Diante disso, decidi publicar hoje uma mensagem que chegou a mim através do meu correio eletrônico. Fiquei extremamente comovido e, por esse motivo, trago à partilha com os meu queridos amigos, seguidores e visitantes! Vendo as fotos e lendo as explicações das mesmas lembrei-me de um texto que escrevi há algum tempo aqui no Sofia (Leia a Publicação Original Aqui!) e aproveito a oportunidade para republicá-lo.

Luz e Paz!

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Humanos!

Hoje acordei com sentimentos alvoroçados e inquietos... Muitos pensamentos me abordando e eu com vontade de me conhecer melhor – ou simplesmente me conhecer – para, com isso, fazer uma tentativa a mais de entender, com o meu coração e com a minha razão, tudo o que acontece ao meu redor. Quero sempre aprender com tudo e com todos. E preciso muito disso! Não é medo de perder ou de não ter controle sobre as coisas (até mesmo porque não há controle algum)... Tento processar o que está aqui dentro, mas, há dias feito hoje em que tudo é muito mais forte e também nebuloso...

É preciso muita coragem para ser humano. Para atravessar uma existência de carne neste planeta. Somos tão pequenos e mesquinhos, tão cheios de uma razão obscura, oca e mal alicerçada, construída. Não há nos seres humanos o próprio princípio que deveria lhes ser natural e parturiente de suas existências: a humanidade. Não parece uma brincadeira de imensurável mau gosto? Seres humanos desumanizados. Isto é uma idéia que não parece concebível. E, de fato, não é!

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Cadelinha ficou imóvel para amamentar filhote de gato abandonado em Zamora, cidade da Espanha.



Macaca abraça cãozinho em feira de troca de animais em Bangladesh.



Gatinha toma conta de um dos três pintinhos nascidos em Galícia, região da Espanha.



Filhote de macaco procura piolho em gato em templo na Tailândia.


Pequeno leão caminha tranqüilamente pela floresta ao lado de um filhote de órix em reserva africana.



A leoa foi rejeitada pela mãe, mas acabou adotada por um labrador brincalhão na África.



Buldogue francês brinca com filhote de tigre-de-bengala rejeitado por sua mãe, no Zôo de Higashikagawa, Japão.



Gratidão.

Demonstração de gratidão desta cadela da raça Doberman, que foi salva pelo bombeiro em um incêndio na casa em que morava. Ela estava prenha.



Um cachorro foi visto no meio de uma avenida, com muito trânsito, cuidando de seu amigo que foi atropelado por um carro. Usando a pata, o cachorro tentava acordar seu amigo que, lamentavelmente, já estava morto.



O cachorro tentava empurrar seu amigo para fora da avenida. E, quando alguma pessoa tentava ajudar, ele rosnava e afugentava aqueles que se aproximavam dele e de seu até então companheiro.



Apesar do tráfego pesado, o cachorro não abandonava seu amigo – verdadeiro e fiel AMIGO.



As ‘pessoas’ ficaram impressionadas pelo fato de um cão “vira-lata” ser tão leal… Afinal, elas (pessoas “humanas”) não estão acostumadas com tanta lealdade.



Essa é outra história ...

A Ternura de um passarinho e a Dor de uma Perda!

Aconteceu numa praça, no Japão. Não se sabe como o pássaro morreu. Ele estava ali no asfalto, inerte, sem vida. Seria um fato corriqueiro, mas o fotógrafo fez a grande diferença.



A Solidariedade:

Segundo o relato do fotógrafo, outra ave permanecia próxima àquele corpo sem vida e ficara ali durante horas. Chamando pelo companheiro, ela pulava de galho em galho, sem temer os que se aproximavam, inclusive sem temer ao fotógrafo que se colocava bem próximo.



A Solicitação:

Ela cantou num tom triste. Ela voou até o corpinho inerte, pousou como querendo levantá-lo e alçou vôo até um jardim próximo. O fotógrafo entendeu o que ela pedia e, assim, foi até o meio da rua, retirou a ave morta e a colocou no canteiro indicado. Só então a ave solidária levantou vôo e, atrás dela, todo o bando...



A Despedida:

As fotos traduzem a seqüência dos fatos e a beleza de sentimentos no reino animal.



Amor
e Carinho:

Segundo o relato de testemunhas, dezenas de aves, antes de partirem, sobrevoaram o corpinho do companheiro morto. As fotos mostram quanta verdade existiu naquele momento de dor e respeito.



Dor
e Lamento:

Aquela ave que fez toda a cerimônia de despedida, quando o bando já ia alto, inesperadamente voltou ao corpo inerte no chão e, num grito de não aceitação da morte, tenta novamente chamar o companheiro à vida. Desesperada, mas com amor e carinho, ela se despede do companheiro, revelando o seu sentimento de dor.




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*O homem é o lobo do próprio homem.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Constante Presença

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Anjo

Brilhantes asas, intensa luz

Guardião de uma força

Que introduz

A inspiração a me guiar.

O quanto te devo agradecer

E respeitar.

O quanto tens a me dizer,

A me ensinar

Sobre a vida

Tão traiçoeira donzela,

Tão meiga serpente,

Tão dura senhora.

Espírito de harmonia

Com calma

Acalma a rebeldia

Do meu coração de poeta.

Fonte de alegria

Dá claridade ao dia.

Inventa vida

Onde nada mais vivia.




Salve, Salve!

Esse poema que trago hoje para, humildemente, compartilhar com todos vocês escrevi há muito tempo - alguns anos atrás - em homenagem ao meu irmão mais velho, Charles. É isso! O poema já diz muito do que sinto por ele e o quanto o admiro... Há sentimentos que não consigo expressar tão intensamente quanto os tenho em mim. O amor pela minha família é um exemplo!
Muito obrigado a todos que visitam o Amigo da Sofia. Todas as energias melhores e mais luminosas do universo no espírito de cada um de vocês.

Luz e Paz!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Ouro Aos Piratas

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A realidade se transforma

Em um ritmo


Que não sou capaz de acompanhar


E estou a cavalgar


Na ressaca do pior momento


Onde enfrento


Pranto e acalento


Dançando dispersos...


Não entrego o ouro aos piratas


E trancafiado dentro de mim


Atravesso tempestades


Enfrento mesquinharia


Faço do medo a minha rebeldia


E luto.


O luto


Pela morte de alguns sonhos


Redime


Comprime o coração


E oferece sentimentos cujos ninhos


Estão em segurança


Perdidos dentro de mim.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Soneto Para Além do Oceano

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(Ou Soneto Para Um Amigo e Suas Palavras)


Em um dia comum, cinza, sem aromas

Deus apareceu para mim
Ofereceu-me um arcanjo e disse:
- Esse chamará de amigo, mas é anjo... Rafael!


Guerreiro, iluminado, mensageiro de todas as coisas lindas
Que ainda viriam florescer em minha vida
Trouxe-me um baú, seu coração, e mostrou-me um real tesouro de verdade
Uma rochosa, profícua, sincera e vital amizade, a nossa amizade!


E desde então somos irmãos de coração
E desde então nunca mais soube o que é solidão;
Mesmo agora que há um oceano de distância


E a demora em nos reencontrarmos é permanência.
Mas a certeza de você sorrindo me faz feliz
E a verdade da nossa amizade profunda me conduz, me condiz!


***

Meu irmão,

Se você pudesse me ver agora, com certeza, veria em meus olhos a emoção imensurável, sem tamanho, que estou sentindo ao ler esse poema que você me mandou... Rapaz! E chegou a um momento tão delicado, tão sensível de descrença em algumas pessoas... É maravilhoso saber que tenho um irmão de alma que, mesmo do outro lado do oceano se faz tão presente, ao meu lado... Obrigado por isso! Obrigado por tudo! Obrigado pela poesia escrita em cada linha da nossa amizade... Obrigado por cada conversa que tivemos e por tantas vezes me iluminar só com o fato de ser meu amigo e não me julgar... Amo você! E me faz muita falta... Aqui em casa sempre falamos de você e de como queremos que esteja bem, com saúde e principalmente FELIZ... Quero muito que seja sempre feliz, meu irmão, porque assim eu serei também... Foi maravilhoso ouvir a sua voz e matar um pouco da saudade, que é grande... Manda notícias sempre, tá? Quando puder!

Fica com Deus!

Um abraço de saudade e amizade... na alma!


***

Salve Amigos da Sofia!

Hoje trago para compartilhar com vocês um soneto que escrevi destinado a um amigo-irmão que a vida me proporcionou há alguns poucos anos atrás, em épocas de universidade... Em uma aula bastante chata e eu bastante impaciente ouvi alguém pedindo para fazer uma leitura em dupla - determinação da professora da aula chata. Concordei sem fazer a menor idéia de que ali nasceria uma amizade tão pura e real com um ser humano tão maravilhoso e simples, Rafael (na foto abaixo). Escrevi esse soneto para ele ainda há pouco porque ele me enviou de Portugal - onde reside hoje com sua família - um poema tão lindo e honesto sobre nossa amizade. Um dos poemas mais lindos que já li em minha vida toda... É claro que não vou publicá-lo aqui sem a devida autorização de seu autor... (Mesmo porque o poema dele ficou muito mais lindo que o meu... Rsrsrsrs!)
Espero muito que gostem!
Aproveito - mais uma vez - para agradecer, com todo o meu coração a amizade de todos que por aqui passeiam e me deixam a alma repleta de flores... Obrigado!

Luz e Paz!

P.S.: O e-mail acima foi a resposta que escrevi para o Rafa assim que recebi o seu poema...


Esse é o Rafa (passeando na Espanha)!

domingo, 9 de janeiro de 2011

O Alvo Do Meu Erro

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Em uma hora
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O sol corre muito tempo
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E o vento do consentimento
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Pára de soprar
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Para dar chance de chegar
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A conta do acerto
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Do golpe que chega perto
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Mas sangra do mesmo jeito.
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Não quero mais errar
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Mas qual a esperança
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Que você me dá
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Para que eu atinja
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O alvo do meu erro?
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No desespero
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Não penso mais ninguém
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Na escuridão
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Há refúgio para o trem
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Que me transporta o coração
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E leva longe a sensação
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De fechar os olhos
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Sentir o vento
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Possuir as estrelas
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E ainda ter o chão.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Codificador

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A razão que eu não tenho

Me conduz até aonde

Não agüento mais.

Na soleira

A duvida parada, armada

Na incerteza de um fixo olhar.

E o difícil é acreditar

Que os pilares estão trincados

Os alicerces comprometidos

E a estrutura condenada.

É necessário o tiro no escuro

Pagar para ver e mais nada...

Mas, o que pode acontecer

É o sentimento desertor

Arrebatar como enxurrada

O sentido codificador

Dos meus anseios.

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Até seria bom
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A delinqüência
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Se o tom
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Da inconseqüência
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Fosse suave...



domingo, 2 de janeiro de 2011

A Última Gota do Oceano

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Quando penso em lutar ou desistir em relação aos meus objetivos na vida sempre recorro à última gota do oceano... Diante de algum impasse, ou problema, ou situação de difícil solução é recorrente o incentivo à desistência que encontramos beirando os passos do caminho, à espreita. Não falta quem diga:

- Deixa isso pra lá!

Ou:

- Sai dessa!

Às vezes:

- Isso não vai dar certo, é melhor você desistir!

Há pessoas que, definitivamente, arrastam suas existências a um certo conformismo que causa a mais vigorosa irritação em quem não deixa de pensar em como seria se tivesse tentado mais uma vez, feito eu. Só mais uma vez!

Metaforicamente, quando se está nadando para chegar a algum lugar, ou alcançar determinado objetivo é preciso, de braçada em braçada, vencer e conquistar um oceano inteiro. E quantos oceanos se tem que percorrer diariamente? O grau de dificuldade é devastador e, a cada retomada de fôlego, o turbilhão parece nos vencer e a conseqüência é retroceder, naturalmente. A cada recomeço as forças estão menores e o ânimo se aniquila.

Existem aquelas pessoas que simplesmente desistem de nadar e ficam à deriva, subjugadas ao movimento e fluxo das ondas. O velho pretexto de “deixar a vida levar” pode ser demasiado perigoso e tentador, mas, também ferino e fatal. As ondas vão sim te guiar até a praia, contudo, as pedras e os rochedos é que estarão à espera; silenciosas e funestas anfitriãs.

Sem nenhuma sombra de dúvida pairando sobre mim prefiro acreditar na última gota do oceano, que me faz ter forças para chegar até o fim. Gota a gota vou vencer cada oceano que se apresentar diante dos meus braços vorazes por obstáculos a vencer. Exatamente como tantas outras tormentas que já percorri. Mesmo porque acredito que, o que busco, o que quero e o que espero pode estar me esperando justamente na última gota do oceano.

Pode até parecer lógico pensar que, depois de se ter nadado um oceano inteiro, não se vá conquistar alguma coisa, qualquer que seja, justamente na última gota, no derradeiro instante, no desesperado momento de se ter a profícua certeza de se deixar derrotar. Esse pensamento pode ser útil para confortar erroneamente quem parou de nadar e, agora, viverá com a incerteza tenebrosa de jamais saber como é que teria sido se houvesse a luta permanecido até o último resfolego. Cada um, entretanto, tem os seus motivos para agir da forma como se faz – resistindo ou desistindo – e, como não quero ser dono de razão nenhuma, proclamo o respeito a cada ser humano da mesma maneira igual e honrada. Isso é fortaleza!

Quando recorro à última gota do oceano, de cada oceano que supero para conquistar as paisagens dos horizontes mais diversos e distantes, assim o faço porque este é o meu processo de caminhar e nadar ainda uma vez mais sem correr o risco de ter que conviver com as âncoras contundentes do eterno “como teria sido?”...

Preciso acreditar que, cada gota vencida é uma gota a menos e o seu sabor único e efêmero deve ser degustado com sabedoria e emoção. Desta maneira me fortaleço e acredito que cada gota superada é uma distância percorrida... Em direção às conquistas, minhas!

A idéia de aceitar a possibilidade de parar de nadar a apenas uma gota de distância das realizações almejadas é devastadora e impulsiona a contínua tentativa, pois, tudo o que busco pode estar reservado na última gota do oceano.

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Salve Amigos da Sofia!

Estive ausente por alguns dias, mas estou de volta... Saí ano passado e voltei esse ano... Piada! Rsrs! Decidi trazer, como primeira publicação do ano, um texto meu que muito aprecio. Espero que todos gostem e comentem...

Que todos vocês tenham um ano novo magnífico repleto de amor, saúde, paz, vida, sorrisos, alegrias e POESIA! Toda a poesia possível na vida de cada um que por aqui deixa suas essências, seus cheiros, suas voltas, seus passeios e suas amizades... Amo cada um de vocês! Obrigado por tudo e por sempre!

Que Deus nos abençoe!

Luz e Paz!