sábado, 31 de dezembro de 2011

Um Brinde a 2012!

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Meus Amados Amigos da Sofia,

Mais um ano está findando... E meu coração está repleto de explosões luminosas como todos os fogos de artifício que enfeitarão o céu nessa noite por todo o planeta...

Vamos sepultar 2011 com todas as honrarias que ele merece, agradecendo e celebrando!

Vamos receber 2012 com todo o entusiasmo que ele precisa...

Que cada dia seja único na vida de cada um de vocês! De nós todos! Muito obrigado pelo carinho, pelos comentários, pelos presentes, pelas presenças e pelas ausências... Sofia me fez alguém melhor! E cada um de vocês faz parte disso!


Saúde, amor, trabalho, prosperidade, fé, força, harmonia, coragem! Aprendizado! Alegria! E muita VIDA!

Muito obrigado!



Luz e Paz!

Salve, Salve...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Cássia Eller

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Há 10 anos Cássia Eller integrou-se ao sol...

Desde então e sempre, luz!







"Sou inquieta, áspera

E desesperançada
Embora amor dentro de mim eu tenha
Só que eu não sei usar amor
Às vezes arranha
Feito farpa"





Para além de todos os sóis que ela iluminou em mim...






quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Espectrais!

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Os versos que não escrevi

Ficam sobrevoando minha cabeça


Fantasmagoricamente...


Assombrando-me!





domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal...

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...que o Natal seja muito mais do que presentes e comilança! Que esses irmãos também sejam convidados à ceia, afinal, a verdadeira beleza é invisível aos olhos... Mas, o coração a reconhece muito bem!

Meu dia hoje é de agradecimento, reflexão e catarse!


E o seu?



.: BOM NATAL A TODOS OS AMIGOS DA SOFIA! :.

~ Luz e Paz ~





Essa descrição que Fernando Pessoa faz do Menino Jesus é tão íntima para mim que chego a pensar que só não escrevi esse texto porque não sou o Fernando Pessoa... Rsrs! Só por isso!



domingo, 18 de dezembro de 2011

Hoje Acordei Bethânia!

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Vista noturna da janela do meu apartamento.


"De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho"

Poema - Cazuza



Olho pela janela do meu apartamento.
Lá fora as pessoas estão vivendo. Uma vida comum. Uma existência regada por acontecimentos corriqueiros. Emoções dantescas inexistentes. O contentamento grato por estar vivo e só.
Só viver!
Já não me basta.
Não posso me sentir igual aos outros seres humanos porque tenho uma inquietação dentro de mim que não me permite assim. Um jeito de sentir e não existir que só encontrei nos escritos de Clarice Lispector ou nas composições de Renato Russo, por exemplo. A voz de Bethânia! Sentimentos tão avassaladores e pensamentos tão entorpecentes que minha lucidez grita em minha essência sem que eu possa acudi-la. E ela me espanca!
Sonhos existem em mim.
Amor há aqui dentro.
Esperança?
Sempre!

Mas, de quê?

Hoje quero ser ignorante.
Mais do que sou. A ignorância é uma dádiva.
Então escrevo e procuro dançar com meus versos que não são meus. Corro e grito. Em silêncio. O dia magnificamente belo. Céu azul límpido. Todas as contas pagas, graças a Deus. Saúde intocada. Família está bem. Amigos todos amados e necessários. Casa limpa e arrumada. Namoro gostoso e harmônico. Trabalho honesto (conforme aprendi que deveria ser). Emprego bom. Dízimo pago com recibo assinado (não por Deus, pelo padre). Salário garantido todo final de mês. Poupança no banco exalando uma falsa garantia de absolutamente nada... Estou respirando!
E a vida está como deveria estar.
Mas isso não me basta!



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Brisa e Vendaval

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Há dias


Em que eu quero simplesmente

Ficar transparente

Mas, você me enxerga!



Há dias


Em que eu soprando minhas brisas

Para o oceano

Mas, você deixa seu vendaval bravio;

Eu sereno!



Há dias


Em que quero os dias escuros

Mas, você abre todas as cortinas...





E é incrível como quero você sempre por perto... Mesmo!







terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Olá!



Olá Amigos queridos da Sofia,

Estou de volta com muita saudade e vontade de visitar a todos, seus cantos e espaços magníficos... E vou mesmo! Aguardem... Depois de mudar de endereço e de acabar de me instalar, agora posso voltar cheio de saudades e vontades...

Luz e Paz a todos!

sábado, 26 de novembro de 2011

Ser Ponte

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Na vida das pessoas sou ponte



Sou o caminho percorrido


Sou o horizonte


Sou o choro engolido


O sorriso aberto


Sou o monte insípido, incerto


Sou o pássaro desprotegido


Sou passo adiante


Sou o meu coração bandido dilacerado...





A função de uma ponte é unir dois lados separados por alguma razão. Muitas vezes dois lados de um caminho interrompido. Outras vezes duas partes de uma vida dividida... A ponte só serve para isso, fazer um pedaço, uma metade, um lado unir-se, reencontrar-se com o outro. Cumprida sua função a ponte fica pelo caminho, esquecida! Sou ponte! Tenho sido a religação na vida de muitas pessoas que passam por mim, reencontram-se consigo mesmas e partem! Seguem adiante! E eu fico para trás! A felicidade me toma e a euforia me mata todas as vezes que vejo meu papel sendo realizado! Como todo guerreiro, eu morro e volto à vida através dos passos de quem passou por mim... Mas morrer dói muito, sempre!

sábado, 19 de novembro de 2011

Gota D'Água

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Salve Amigos da Sofia,


A poesia aqui nesse espaço sempre será instrumento e voz de assuntos tão importantes e necessários quanto estar vivo. E é por estar vivo - e COMO estar vivo - é que hoje trago a contestação, a indagação, o engajamento da minha poesia em causa muito maior do que qualquer rótulo como, por exemplo, social, ambiental, ecológico etc.
O vídeo abaixo traz uma campanha urgente de mobilização social. Eis um momento bem típico onde podemos, como povo, população e cidadãos de um país em desenvolvimento, manifestar nossa opinião - depois de construí-la - diante de uma empreitada que matará uma grande parte da nossa floresta e todos os recursos naturais que ela abriga.

Acessem o site abaixo e votem, pelo amor à natureza da qual fazemos parte.







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O texto abaixo escrevi em época de copa do mundo... Por alguma razão o vejo ainda muito atual e compartilho agora com vocês, caros Amigos da Sofia:

"À Pátria Amada Brasil..."


Sempre que estamos em época de copa do mundo algo me incomoda e me instiga a pensar ainda mais neste povo brasileiro, tão fervoroso e animado, às raias da loucura futebolística: por que esta mesma empolgação e súbito arrebatamento patriótico acaba junto com as competições? Sei que vou comprar briga com muita gente que ler este texto, mas, como a minha língua não para mesmo dentro da boca e minhas mãos não conseguem ficar imóveis às ordens do meu cérebro, lá vou eu...
Inegável, de fato, que o povo brasileiro é muito corajoso, trabalhador e possuidor de extrema garra e força de vontade. Fico a me perguntar, então, porque as grandes comoções coletivas dentro deste país só ocorrem em eventos esporádicos como, por exemplo, a copa mundial de futebol. Ah, ok! Também tenho que dizer que não estou desmerecendo nem tampouco desvalorizando o talento e a necessidade do esporte na formação de caráter e identidade de uma nação. Já sabiam disso os gregos da antiguidade que preparavam seus futuros cidadãos com a educação da música para a alma e a do esporte para o corpo.
Só estou querendo entender, sinceramente, por que é que este mesmo povo que foi o único a conquistar tantos títulos de louvor em campeonatos mundiais só pinta o coração de verde e amarelo a cada quatro anos... Ou em eventos do gênero! Por quê?
Por que será que esta consciência "canarinha" não aparece diante de sua política equivocada e caótica? Por que será que o refrão "sou brasileiro, com muito orgulho..." não é entoado perante a péssima, nojenta, educação que está dada a esse mesmo povo? Por que será que não são cobertos com a bandeira do Brasil os cadáveres de pessoas que morrem diariamente nas filas de hospitais públicos fedendo à desprezo, à descuido e à abandono? Por que será que as pessoas só vão às ruas gritar histericamente - mesmo sem saber porque, de fato, estão gritando e comemorando - quando o motivo para isso é um gol? O gol tem sua importância cultural e mérito, com certeza! Mas, onde está a força deste povo tão lindo? Nos pulmões comprimidos por quatro anos para ser projetados oceanicamente a milhares de quilômetros... Mas, o cotidiano é que está precisando de reparos! O presente do país é que merece gritos e suspiros e insônias e manifestações homéricas de brilhantismo e perseverança.
É isso! A copa acaba... Os doentes permanecem doentes nas filas de hospitais caquéticos. Os estudantes continuam sua caminhada rumo ao adestramento barato, emburrecedor, antagonista da educação formadora de opinião e criticidade cognitiva. A política do país (que os mesmos brasileiros que enchem seus peitos de orgulho para gritar o nome do Brasil nos jogos de futebol "acham" nojenta) resistirá a esse mês de súbito levante de patriotice popular e continuará a fazer tudo o que está posto. Estes mesmos políticos que preferem extinguir o décimo terceiro salário do povo que os elegeram para serem seus representantes... Os mesmos parlamentares que gastam seus inexistentes neurônios para pensarem em bolsas para jogadores de copa do mundo no valor de R$400.000 (quatrocentos mil reais)... Ah, os mesmos representantes eleitos que votaram projeto de lei que os liberava do cansativo trabalho árduo durante dois meses para que eles, pobres políticos trabalhadores, pudessem acompanhar a copa com mais tranqüilidade...
Mas, por que se importar com questões tão triviais quanto essas? Por que pensar nas próximas eleições e em todo o futuro de um país hipócrita e mesquinho com seus próprios filhos? Afinal de contas é copa! O Brasil está no páreo! Somos o país do futebol! E o resto? Foda-se!


Luz e Paz!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ciranda das Deidades!

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Estou lendo Clarice

Ouvindo Bethânia

Pensando em Alice

Sonhando com Adélia

Apaixonado por Cecília

Querendo Elis

Encantado por Coralina

Desvendando Florbela

Mordendo Maysa

Rezando Helena

Bebendo Rachel

Morrendo Lentamente, Luíza!



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Armadura de Papel!

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O vento varre as folhas

Que o Outono secou...


Sou um guerreiro

Que veste armadura

Mas aqui por dentro

Existe uma criança insegura

Que fura os olhos

Da indiferença

E ganha como recompensa

O beijo da confiança...

...distante!






quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Caderno de Versos

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Com seu caderno de versos
Na linha do tempo
Palavra e retrocesso
Para ensinar
Senhora de tempo vivido
Sacerdotisa
Reinventando vida
Com passos passados a limpo
E lindo
É o seu sorriso sábio...
Haja flores
Para enfeitar o seu caminho
Haja paz
Para banhar o seu coração lilás
Haja emoção
Para toda a luz que te avizinha
Haja sorriso
Para agradar a Dona Benta Rainha.


***


Há aproximadamente cinco anos tive a enorme felicidade de conhecer Dona Benta. Não, não é a do Sítio do Monteiro Lobato. Dona Benta, uma poetiza anônima. Não sei se ela ainda existe neste planeta, pois, naquela época já era bastante idosa. Um dia, folheei o jornal local da minha cidade natal, no interior de São Paulo, e havia uma reportagem falando de Dona Benta. Ela morava no asilo da cidade e escrevia poemas para ocupar o seu tempo. A família não a visitava. Ela não tinha nenhum amigo além do seu caderno de versos... A história desta mulher me comoveu profundamente e escrevi este poema para tentar, apenas tentar, pontuar o quanto bem ela havia feito ao meu coração tão jovem de aspirante a poeta. Um exemplo eterno pra mim, pra minha poesia.
Salve Dona Benta!
Salve a todos os poetas deste planeta que anonimamente alimentam-se de poesia e me fazem ser alguém melhor só pelo simples fato de tentar ser tão nobre quanto o que me inspira...

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Salve Amigos da Sofia,

Hoje trago novamente esse poema que sempre foi muito importante pra mim... Publiquei-o pela primeira vez aqui no Sofia já há algum tempo, LEIA!

Luz e Paz!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Série Urgências!

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A vida tem me bebido deliberadamente... Descaradamente! Não me perguntou em nenhum momento se podia me tomar nos braços e me cortejar... Mas, assim o fez. Trouxe-me flores. Cantou-me versos já devorados por Cronos. Mostrou-me paisagens que só ela - a vida - conhece. Conduziu-me em passeios sem o menor sentido lógico, mas, repleto de gostos e sabores ímpares. Todos tão docinhos e absurdamente suculentos. E quem trazia a bandeja era ela, a vida. Essa senhora que exala fragrâncias incompreendidas e alucinógenas. Essa moça que faz o que bem entende comigo já se entregou a mim... E eu a desejei. Desejo-a suntuosamente a todo instante. Tenho fome de seus olhares. Tenho necessidade de seus braços. Tenho braços para segura-la, mas ela dança. Ao meu redor. Dança! Rodopia! E, com isso, não deixa ninguém domá-la... Somente acompanhá-la pelo mundo... Ela é livre. Independente. Senhora e dona de seu próprio cordão existencial. Eu caminhei pelo mundo. Esperei acontecer o impossível sim. Mas jamais imaginei que a vida estava pelo caminho. O destino a fez rodopiar nas brisas que sopravam alento em meu coração. E tudo ficou diferente quando ela me enfeitiçou e, ironicamente, desvelou diante de mim suas curvas mais sutis. Fui seduzido. Conquistado. E agora só penso em tê-la em mim cada vez mais. Tenho urgência de vida.