sábado, 17 de outubro de 2009

Através das Manhãs

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Sou pirata

Mapeando a escuridão

Sou selvagem

Tatuado na palma da mão

Do mundo

Sou profundo

E quero cada vez mais.

Sou o cais

Onde aportam os vendavais

Sou outono

Secando as folhas

Quebrando os galhos.

Sou orvalho

Alimentando a noite

Banhando pétalas

Sou profeta

De utopias vãs

Dissolvidas

Através das manhãs

Em que encontro a realidade hostil

Pagã

Que amarga os sonhos

E devora as flores

Nos arredores

De pensamentos ofegantes

Sou todos os gigantes

E ainda assim senhor

De passos e atos errantes...


Sou só o nó no pó!




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