quinta-feira, 23 de abril de 2009

Trava

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Trava a poesia

Que protela a sua chegada

Ao recinto mais florido

E tudo é espera

Na esfera ancestral

De onde fulguram bem e mal

Em duelo

Em dueto

Replicando o servil soneto

Que movimenta os pés da leveza

Há um estranhamento

Subentendido no sentimento

Que não se permite conhecer

E a insensata beleza a entorpecer

Alma à revelia

Causando vendavais

Soprando longe

O que trava a poesia.


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