sábado, 11 de abril de 2009

Flor de Anômalo



Tantos telhados te abrigaram

E outros tantos cobertores te aqueceram

Enquanto você visitava o desconhecido

Para trazer em seu coração já remido

A anomalia

Que outrora esbaldava corpos sadios

Na tentativa insana

De uma cura profana

Para os anseios tantos

Correr já não te basta

Morrer já não é importante...

E outras horas

De uma regra tão gasta

Não mais te aflige o sorriso

Em seus fortes delicados passos

Que trazem o corte preciso

Na vastidão do jardim

Que exala perfumes incoerentes

E espinhos servindo de laços

Para as rosas mais eloqüentes

E tudo bem pra mim

Se assim

Você consegue ser feliz

Fingindo (para si mesma) como atriz.


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