segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Feliz 2010!!!

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Salve Amigos da Sofia!!!

Quanta saudade de vocês... Nossa!!! Passei por aqui rapidamente, quase como um sopro, para desejar milhões de coisas lindas para todos vocês... Que Deus abençoe seus caminhos com toda a luz, saúde, paz, harmonia e prosperidade que vocês conseguirem alcançar e merecerem... Que o ano que se aproxima traga lindos momentos de vida e história para cada um que aqui passa, mesmo imperceptível, na penumbra do silêncio muitas vezes precioso! Agradeço com todo o meu coração as visitas que recebi no decorrer deste ano em que preparei com tanto amor e carinho (e frio na barriga) este espaço tão humilde, com o meu coração ainda tão aprendiz... Muitas vezes não pude ir até a casa de cada um para agradecer, para saborear, para me inspirar, para me sentir aquecido por tamanho talento que encontro por aí, onde passeio virtualmente visitando-vos!!! Que a poesia habite cada segundo da vida de vocês e que os anjos poetas que sobrevoam as nossas cabeças estejam fortalecidos com a delicadeza de vossa sensibilidade... Estou emocionado e feliz! Agradeço mesmo e encontro vocês nos nossos blogs da vida...


F E L I Z
2 0 1 0 ! ! !


Luz e Paz!

Com apreço, gratidão e carinho profundos,
Whesley Fagliari




segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Doce!

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E pelos olhos o ser se esvai...



E pela alma toda a fortaleza se distrai

Enquanto a brisa passa

E leva tudo o que sonho para a realidade

Concretizar...



Choro!

Mas, as lágrimas são doces

Porque vivi...


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Canteiro de Sorrisos Em Espera

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Uma flor. Um bilhete. E o amor para toda a vida. Acontece. Mesmo. Ainda que raro. Difícil de ver. Assim acontece. Mesmo. Concreto. De verdade! E Jade sempre acreditou. No amor. Naquelas histórias utópicas. Piegas. Monstruosamente incríveis. Épicas. Demasiadamente românticas. Cafonas, até. Desesperadamente desejadas. Por muitos. Quase todos. E Jade esperou. Pacientemente. Quis viver sua verdade de amor. No amor. Com amor. Desejou encontrar aquela pessoa tão perfeitamente cheia de defeitos e algumas qualidades. Alguém que, dormindo, pegaria em sua mão só para lembrá-la que o sonho estava mesmo acontecendo. Real, de fato. E de direito. Aquela pessoa que cuidaria de suas terríveis cólicas menstruais. Que faria alguma brincadeira boba bem na fila do caixa do supermercado. Só para fazê-la sorrir. Porque os sorrisos alimentariam suas fagulhas mais ternas. E os outros? Que rissem também, oras! Se não rissem que entendessem que o amor manifesta-se de formas tão diversas e simples. Jade cultivou em seu coração a esperança. Com paciência. Com calma. Com a mais franca certeza de que a vida estava a preparar a sua história de amor. Mesmo que estivesse demorando demais. Não importava! O tempo devorava os dias, um após o outro. O amor é bálsamo e fecha todas as rugas e feridas adquiridas pelo caminho. Jade esperou. Muito. Sua história, que estava no bastidor aprontando-se para entrar em cena, não precisava ser extraordinária. Tinha que ser verdadeira. Sincera. Plena e simples. Extremamente! É só questão de tempo, Jade falava para sí mesma. E com aquela pessoa que chegaria também viriam as flores. Aquelas que só nascem na alma. Os tons de rosa e amarelo, suas cores preferidas, se desdobrariam ao infinito. Saltitantes! O sentido completo de sua existência, que antes era a espera, seria a felicidade. Algumas viagens. Muitas risadas. Poucas lágrimas que valessem suas razões de caírem. E uma página por dia do seu diário transbordando o mais perene sentimento pincelado pelos caminhos da vida. Quem sabe teriam um gato. Ou um cachorro. E planos inacabáveis de uma história compartilhada. Nada de mais. Não era pedir muito. Era? E quantas vezes a vontade de cair no mundo. Sumir. A espera cansa. Também. E Jade estava exausta. Já. Era muito tempo de vontade. Exausta. E confiante. Desejosa.
Quando, em um dia tão comum de meio de semana, uma flor chegou. Roubada. De improviso. Não programada. Não premeditada. Exatamente como Jade sonhara. Era assim que ela queria. Um bilhete veio junto. Enrolado no cabinho. Rabiscado. Quase desconexo no contexto. Poucas palavras. Uma única pergunta. A mais importante daquela história toda. E a vida toda estava tomada. Comprometida. Modificada. O percurso dos rios flui de acordo com suas correntezas. Uma dúvida cavalgando uma certeza. Elas se completavam. As duas metades de um todo que se uniam neste exato instante. O momento que congelou a eternidade em um simples gesto. Você acredita em histórias de amor? E Jade respondeu com seu sorriso luminoso. Iluminado. Sua espera havia acabado. Mesmo? Nossa! Os lampejos de felicidade começavam a despontar. Com tanta força. Com tamanha necessidade de existir. Olhou à sua volta. Não viu ninguém. Tinha que ter alguém. era assim que funcionava nos filmes. Era neste momento que os olhares se cruzariam. E não via ninguém. Um medo sorrateiro arrebatou-lhe o fôlego. Alarme falso! Jade olhou para suas mãos. A flor era real. O bilhete cantarolava aquelas letras em garrancho mesmo. Estavam ali. Fechou os olhos. Outra decepção? Outra vez sozinha. Sempre imaginei encontrar o amor em uma praça florida feito essa daqui. Ele deve morar por entre as flores. A vida sempre apresentando as suas surpresas. Jade assustou-se, ao abrir os olhos, e perceber que a metade do banco agora estava ocupada. Suspirou. Quis correr. Tentou se defender. Já era tarde. Sentiu o seu coração dançando um tango com o seu peito. Tudo ficou subitamente mais lindo. As flores da praça pareciam aplaudir. Jade podia jurar que viu essa cena. A brisa soprava na temperatura exata. A vida, de repente, de um instante para o outro, ganhara sabor. E o gosto incrivelmente doce. O mundo todo fez sentido. Sua história de amor estava começando. Por um sorriso que, finalmente, fora compartilhado.








sábado, 31 de outubro de 2009

Remota Possibilidade Devorada

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Avessos

Desabrochando coloridos

Em meus tropeços

Solavanco dos ponteiros

Desarranjados

Percorrendo caminhos

Que são escritos

Delicados pergaminhos

Que são registros

E permanecerão instalados

Guardiões separados

Do tempo

Que permaneceu faminto

E devorou-me o minuto

Derradeiro, absoluto

Lisonjeiro, inédito

Astuto

Momento

Em que os mais desajeitados ventos

Solucionariam

Os tropeços

E os avessos...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ciranda das Pétalas

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A vida me ensinou

Acolheu

Os meus sonhos

Educou

Os meus momentos

Fez girar

Os meus moinhos

Apagou

Todos os pergaminhos

E me colocou

A reescrevê-los

Colori-los

Enfeitá-los...


A vida (re)colheu

Todos os versos

Que deixei caídos

Espalhados

Pela estrada

Um a um

Pegada por pegada

Com que orientei

O meu destino

E fez um ramalhete

De pétalas retiradas

Do meu imenso filete

Pulsando

Pulsante

De própria vida recorrente

Dissonante

Disseminada...



sábado, 17 de outubro de 2009

Através das Manhãs

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Sou pirata

Mapeando a escuridão

Sou selvagem

Tatuado na palma da mão

Do mundo

Sou profundo

E quero cada vez mais.

Sou o cais

Onde aportam os vendavais

Sou outono

Secando as folhas

Quebrando os galhos.

Sou orvalho

Alimentando a noite

Banhando pétalas

Sou profeta

De utopias vãs

Dissolvidas

Através das manhãs

Em que encontro a realidade hostil

Pagã

Que amarga os sonhos

E devora as flores

Nos arredores

De pensamentos ofegantes

Sou todos os gigantes

E ainda assim senhor

De passos e atos errantes...


Sou só o nó no pó!




terça-feira, 13 de outubro de 2009

Epiderme Papiro

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O grifo, o silvo

O guiso

A letra, o verso

A direita do reverso

Onde escrever

É deixar-se levar

E anunciar

O que ainda não está claro

O imaginário

Teor

De sangue a pulsar

Invasor

Da alma

Que habita

As direções

Mais longínquas

Mais espessas

Mais diversas

E adversas

Entre eu e você...





Salve Amigos da Sofia!

Hoje deixo aqui um convite junto ao poema... Epiderme Papiro é o nome do meu novo blog onde escrevo livremente sobre assuntos, temas e questões que me tocam, me emocionam, me contorcem, me enfurecem, me deixam do avesso - positiva ou negativamente - sem o menor compromisso com nada e nem com ninguém. Este novo espaço surgiu da imensa satisfação que sinto em escrever. O Amigo da Sofia, para mim, é um lugar de encanto, o meu País das Maravilhas e esse amor pela escrita agora cria vertentes em mim. Epiderme Papiro... Visitem!

Luz e paz!

Whesley Fagliari


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Chão

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No chão

Aberta a rosa

Faz sangrar a beleza adulterada

De primaveras em gestação

De folhas, brotos, galhos

Em perfeito estado de evolução

De palmeiras e coqueiros

Entrelaçados e acuados

Em uma virtual vertiginosa paixão

O chão que seca o espinho

O pinho que aponta e há ponta

O orvalho, a brisa

O abrigo, o agasalho

Tudo faz lembrar o sorriso de Deus

Do chão vem à tona

O broto, o filhote

A vida, a sorte

O mistério, a noite

No chão...



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Os Versos do Rio


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Escrevo no escuro


E a madrugada


Entre as pedras e o muro


Concede leveza


E silêncio


Para que o rio


Que tanto corre


E morre


Em cada gota


Afaste as pontes


E provoque incêndios


Nos versos


Nos compêndios


Nos arranques...


E renasça... Todo Dia!